terça-feira, 14 de outubro de 2008

O 5 de novembro, de Guy Fawkes a "V de Vingança"

Com inspirações no clássico de George Orwell, “1984”, e com um quê de “Admirável Mundo Novo”, de Huxley, V de Vingança traz como temática a famigerada idéia de opressão do Poder frente às massas e a tentativa de subversão a este modelo. Na Inglaterra de um futuro próximo, o “Grande Irmão”, chanceler Sutler, governa com austeridade e opressão ditatoriais, impondo medidas autoritárias por intermédio do medo. Toques de “recolher”, censuras e punições aos dissidentes são fatos corriqueiros.

Tudo é vigiado. Jornais, programas de TV, ruas, vielas. Tudo, no estilo genuinamente panóptico, que empiricamente era um modelo no qual os moradores poderiam ser observados em quaisquer momentos da vida, sem que saibam quando ou de onde. Sem que os vigilantes sejam vistos. Câmeras e microfones estão espalhados por toda parte.

Inspirado nas idéias de Guy Fawkes, que não obteve êxito em sua conspiração contra o governo, no século XVII, “V”, um mascarado subversivo, resolve aniquilar todos os símbolos do governo, pessoas e sistemas, além de querer destruir as Casas do Parlamento, construção emblemática do absolutismo local.

Segundo o filósifo Michael Foucault, o efeito mais importante do panóptico (modelo prisional ideal )é o de “induzir no detento um estado consciente e permanente de visibilidade que assegura o funcionamento automático do Poder”. Era contra essa vulnerabilidade dos cidadãos que V, com o posterior apoio de Evey, uma jovem vítima do Sistema, lutam. V tenta instilar a população no sentido de gerar um sentimento de revolta e esperança em um futuro melhor. São caçados a todo tempo por, além dos policiais, detetive Finch. Este, porém, reconhece no final a irracionalidade do Poder atual e adere à “causa” dos empedernidos.

O filme, dirigido por James McTeigue, é muito feliz nessa abordagem, retratando com fidelidade e riqueza de detalhes o descaso dos políticos com o povo, os horrores da opressão, o poder do panóptico na população, dentre outros temas bem interessantes. Como diria V, parafraseando Fawkes: “Lembra-te, Lembra-te do 05 de Novembro”. O cinco de novembro de 2020 ficará marcado para sempre na história dos ingleses.


Jhonatas Silva Franco
19/09/2008


terça-feira, 7 de outubro de 2008

O Paradoxo Eleitoral

No dia em que comemoram, os 20 anos da Constituição, brasileiros de todo o país foram às urnas escolherem seus representantes municipais, aqueles que os governarão pelos próximos 4 anos. Mais uma vez, provamos com esse pleito que temos uma eleição das mais paradoxais do mundo. Explico.

Temos um processo eleitoral que beira à perfeição: urnas modernas e seguras, voluntários participativos e atuantes, grande número de Seções e Zonas Eleitorais... tudo no seu devido lugar. Há, porém, um câncer que precisa ser extirpado de nosso "corpo eleitoral": a capacidade que possuímos de escolher mal nossos candidatos. É consternante vermos Túlio Maravilha como vereador em Goiânia, Frank Aguiar como potencial vice-prefeito de São Bernardo do Campo, Netinho de Paula como o terceiro mais votado vereador de São Paulo, dentre outros. Há um sem-número de exemplos de como ainda somos influenciados por produtos da mídia que, fora o entretenimento, nada têm a oferecer a seus eleitores, digo, espectadores. Cantores cantam, jogadores jogam, atores atuam. Tudo no seu devido lugar.

Enquanto grande parte dos brasileiros insistir nessas atitudes, continuaremos inócuos, impotentes, presos em uma nação que se orgulha de suas eleições, mas que deveria se envergonhar de seus eleitos.


Jhonatas Silva Franco
07/10/2008


O (des)Serviço Social

O Ministro de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira, defendeu a criação de um novo serviço obrigatório, além do militar: o Serviço Social. Jovens de 18 anos dispensados no alistamento militar seriam enviados ao interior do país para auxiliar comunidades carentes. Até as mulheres seriam obrigadas a servir à pátria nesse novo formato. E o jovem que estiver na faculdade poderia executar tarefas condizentes com sua formação.

Esse tal "Serviço Social", se não repensado, será mais um dos inúmeros desserviços prestados ao nosso país. Infelizmente sabemos que nossos jovens estão cada vez mais apolíticos, distantes, alheios aos problemas da sociedade. Não se preocupam sequer com o próprio voto. Obrigá-los a adquirir responsabilidade social é um erro. O auxílio por eles prestado não seria eficaz, o jovem não se conscientizaria adequadamente e o país nada ganharia.

Temos mais um exemplo de fuga às duas nuances principais desta temática: a necessidade crônica de investimentos em infra-estrutura e educação. Só assim teremos jovens politizados, preocupados realmente com nossa realidade. Sem imposição. Sem imediatismos.

Com o perdão pelo clichê, enquanto o Sol estiver sendo tampado com uma peneira, ficaremos fadados a conviver com nossos problemas e imperfeições, fruto de nossa própria incompetência.

Jhonatas Silva Franco
01/10/2008


sexta-feira, 3 de outubro de 2008

O ladrão mais estúpido do mundo

Nesses passeios pela Internet, acabei achando esse vídeo. Esse é, definitivamente, o ladrão mais cuzão burro da história!




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Concordam?

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

"Jornalizmo"

Mais uma (duas, na verdade) da série:

"Todo mundo sabe que eu entendo que a religião é importante, que nós respeitamos todas as pessoas independentes do credo e da religião".

Só respeitam as "pessoas independentes do credo e da religião"?

"De acordo com Alckmin, a ênfase do programa foi divulgar a proposta de governo de reduzir a carga tributária. "Eu como governador, reduzi alíquotas de ICMs em São Paulo e como prefeito vou tirar o ISS dos profissionais liberais e autônomos. Quem pagar o IPTU em dia vai ter desconto no ano seguinte".

Essa dispensa comentários.


link para a notícia
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Como uma vírgula pode mudar tudo, não?!


quinta-feira, 25 de setembro de 2008

O que que é isso?

Mais uma dica "dahora, mano"!

O QUE QUE É ISSO? produz websódios interessantíssimos e muito engraçados. Vale a pena conferir.


Já é a segunda temporada deste "sitcom", que se passa em um escritório e mostra a rotina hilária do patrão e de seus funcionários, em uma importadora de produtos de beleza.


Repito: vale a pena conferir!

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

UMA ESCOLHA PELA VIDA

Estará em votação nas próximas semanas um projeto de lei que decidirá se grávidas de bebês anencéfalos têm, ou não, o direito de praticarem o aborto. Esta questão, muito em voga ultimamente, deve ser tratada de forma pragmática, empírica, livre de superstições ou dogmas religiosos. É deprimente saber que nem todos pensam assim.

Imaginemos uma mulher passeando na rua, grávida de seis, ou sete meses. É perfeitamente aceitável quer encontre pelo caminho um velho amigo, que ela não via há alguns anos e que desconhecia de sua gravidez. Perguntas a respeito da gravidez, do filho que "está por vir" e/ou sobre a "doença" seriam elementares, e o constrangimento estaria formado. É visando essas e outras hipotéticas situações, e para garantir o bem estar físico e mental da mãe que esta lei atuaria.

O problema já começa na temática do debate, quando se diz que, com a sanção, a Justiça poderá decidir quando começa e quando termina uma vida. Ora, anencéfalos não têm e nunca terão uma vida! não falam, não ouvem, não comem, não bebem, não andam, não choram nem sorriem. Não pensam, não sentem. A gravidez, momento mágico, divino, torna-se para a mãe um perjúrio, um sacrifício, uma batalha em que a única certeza é a de que a derrota está por vir, e que será célere.

Esta lei trará dignidade, humanidade e possibilidade de a mãe se reestabilizar com mais rapidez e eficiência. É uma lei pela vida, e não pela morte.

Jhonatas Silva Franco
08/09/2008

Festival de Tirinhas

Tirinhas retiradas do Dr. Pepper e do Cyanides Brasil.

PS: Clique nas tirinhas para ver ampliado.










Mais uma vez, os devidos créditos:

DR. PEPPER

CYANIDESBRASIL

O Fim do "Bolsa-Emprego"

Foi sancionada pelo STF, há algumas semanas, a lei que veta a prática de nepotismo em todas as esferas do Poder Público. Mais do que uma luz no fim do túnel, esta medida deve ser encarada como uma tentativa de modernização de nossas instituições, tachadas -- não sem razão -- de obsoletas e ruralistas.

O fim do "Bolsa-Emprego" para os trabalhadores do Estado trará benefícios em todos os setores, como o enxugamento do número de funcionários, a otimização dos serviços, o fim dos "cargos-fantasma" e a democratização de oportunidades em um país que prima pela segregação.

Resta saber se teremos a devida fiscalização e punição dos reincidentes. O Brasil espera que sim.






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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Jornalizmo

"A decisão não está relacionada à conquista do título deste ano – disse Alonso em entrevista ao jornal espanhol “Marca”, afirmando que mesmo que um dos pilotos da escuderia italiana seja campeão neste ano seu contrato pode ser reincidido."

Aqui

Não seria rescindido?!