Presos. Condenados, Encurralados. Assim vivem, dia após dia, milhões de cidadãos iraquianos, que, no ínterim das batidas do relógio, descobrem que sempre maior é a contagem de conterrâneos mortos, sempre maior o desespero dos vivos; é sempre menor o respeito com os de seu povo, sempre maior é a insegurança. Vemos uma coexistência desses maiores e menores e não há paradoxo nosso. Ou talvez haja. Nota-se que quão menor é o risco de ataques aos Estados Unidos, mais se comenta sobre o assunto, e, proporcionalmente, maior é a opressão.
Opressão, ojeriza, rancor. Com Bush-pai ou Bush-filho. Por bem (?) ou por mal. Com estes elementos – ou sentimentos, e concordo que fui eufemista – é delineada a ocupação dos soldados norte-americanos no Iraque. Sem pudor, zelo, melindre. Por capricho hereditário ou ódio incontrolável.
Interesse eleitoral e petróleo e manutenção da supremacia. Motivos em voga que encobrem um sentimento xenofóbico muito mais denso, profano, insalubre. Pretensões torpes frente à questão de sobrevivência, ou à batalha por ela, perduram no País-Bomba. E destroem. E matam. Somem com crenças de adultos, com esperanças de jovens, com desejos e necessidades de todo um povo. E perduram, no ínterim das batidas do relógio.
Jhonatas Silva Franco
22/10/2008
1 Digite aqui sua babaquice pessoal!:
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