quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

No ínterim das batidas do relógio

Presos. Condenados, Encurralados. Assim vivem, dia após dia, milhões de cidadãos iraquianos, que, no ínterim das batidas do relógio, descobrem que sempre maior é a contagem de conterrâneos mortos, sempre maior o desespero dos vivos; é sempre menor o respeito com os de seu povo, sempre maior é a insegurança. Vemos uma coexistência desses maiores e menores e não há paradoxo nosso. Ou talvez haja. Nota-se que quão menor é o risco de ataques aos Estados Unidos, mais se comenta sobre o assunto, e, proporcionalmente, maior é a opressão.

Opressão, ojeriza, rancor. Com Bush-pai ou Bush-filho. Por bem (?) ou por mal. Com estes elementos – ou sentimentos, e concordo que fui eufemista – é delineada a ocupação dos soldados norte-americanos no Iraque. Sem pudor, zelo, melindre. Por capricho hereditário ou ódio incontrolável.

Interesse eleitoral e petróleo e manutenção da supremacia. Motivos em voga que encobrem um sentimento xenofóbico muito mais denso, profano, insalubre. Pretensões torpes frente à questão de sobrevivência, ou à batalha por ela, perduram no País-Bomba. E destroem. E matam. Somem com crenças de adultos, com esperanças de jovens, com desejos e necessidades de todo um povo. E perduram, no ínterim das batidas do relógio.

Jhonatas Silva Franco

22/10/2008

1 Digite aqui sua babaquice pessoal!:

Bruno Silva disse...

Estarei sempre por aqui..
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