terça-feira, 11 de março de 2008

ÉTICA ENVIESADA – 1

Bom dia, senhor Decência.

Bandido bom é bandido morto, não é isso? Vamos às perguntas fundamentais: Quem é bandido? É quem está preso? Todo mundo que está preso é bandido? Então, todo mundo que está solto é inocente? Paradoxo curioso...

Quem é mais bandido? Aquele que rouba um pote com massa de tomate ou o que sonega milhões em impostos? Mas por que o primeiro fica preso e o segundo, não?

Então tá, vamos falar de bandido, mas bandido mesmo. Os genuínos! Uma vez bandido, sempre bandido? E, uma vez inocente, sempre inocente? Não?! Por qual motivo os cidadãos de bem estão sujeitos a desvios de conduta, e os meliantes encarcerados são irremediáveis? Isso não seria apenas um preconceito estúpido travestido hipocritamente de “respeito à moral e aos bons costumes”?

Com o perdão pelo descomedimento.

Responda-me essa: Por que os adolescentes infratores de classe média estão apenas passando por uma fase difícil da vida, enquanto os jovens pobres já estão aptos a responderem como adultos por delinqüências que por ventura cometam? Ainda não está claro que a redução da maioridade penal é errada e imediatista?

Ah!, sim... reduzida a dezesseis anos, os traficantes não poderão mais recrutar garotos dessa idade para agirem em seu nome, não é? Belo argumento. Mas não é óbvio que, com isso, os chefões do tráfico passarão a utilizar garotos de doze, catorze anos? Isso resolve o problema?

O senhor é a favor da austeridade policial e da pena de morte, certo? Sei... É a favor de rinhas de galo? Não?! Hum...

Sem mais perguntas, meritíssimo.

Jhonatas Silva Franco

18/09/07




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