segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Quem beijou, beijou; quem não beijou, beijasse.

Ano sai, ano entra, e sempre fica aquela sensação de que o tempo está passando mais rápido. Desde que me entendo por gente ouço que “esse ano passou que nem um foguete…”. Não sei, mas acho que com o negócio de aquecimento global, mudanças climáticas, todo o mal que o homem vem fazendo com o planeta, Banda Calypso, enfim, essas cagadas modernas, o tempo realmente possa estar passando mais rápido. Já me disseram na mesa de um bar que segundo o calendário maia (ou inca, ou asteca, agora já não sei direito) o dia não tem mais 24 horas e sim 14. Pode ser, porque ainda ontem era carnaval e hoje o reveillón é questão de segundos. E amanhã já vai ser carnaval de novo…

Tento curtir bem todos os momentos da vida. Sou de certa maneira saudosista, o que me faz sempre dar aquela olhadela pra trás; tenho muitos projetos, estou sempre plantando sementes, o que significa que eu estou de olho no futuro; e procuro viver cada dia como se fosse o último. Menos ontem, quando eu tava com uma puta ressaca e não quis levantar da cama. Mas vivi a ressaca como se fosse a última. No fim do ano, porém, passado e futuro se misturam ao presente e é difícil olhá-los sem uma ligação em comum, numa tentativa de avaliar o que foi feito, erros e acertos, o que se deve repetir ou corrigir, as conquistas e derrotas, sempre já vislumbrando o que vem por aí, os objetivos, as metas, o alvos… O presente acaba ficando em segundo plano, pelo menos nessa reta final, em que o que tinha que ser feito já foi ou não. É hora de relaxar e esperar a contagem. O presente é só pensamento positivo e… festa! Um jornal do Rio me ligou perguntando qual era o meu ritual do dia 31 e eu respondi que era ficar bêbado. Mas sempre com os pensamentos positivíssimos. Positive vibration.

Pensei em fazer aqui uma retrospectiva do ano, mas é impossível. Eu ficaria preso aos acontecimentos recentes e deixaria passar muita coisa que aconteceu em janeiro, fevereiro… Cada vez que vejo a Retrospectiva da Globo (que eu adoro) me lembro de coisas que tinha até esquecido. Já nem lembro, por exemplo, quem era a namorada do Dado Dolabella
em março. Então recorri a este blog que, durante boa parte do ano, foi um espaço usado para comentar o mundo em volta, mesmo que sem me aprofundar em questões mais sérias. Se bem que o que é risível pra um pode ser sério pra outro, enfim... teve gente que ficou arrasado com a separação de Sandy e Junior, por exemplo.

Ah… as celebridades… como elas me inspiram. Principalmente em 2008. Não é todo ano que um astro internacional dá o mole de sair pegando mulheres de tromba por aí. Nem é sempre que atrizes de novela dão as caras e otras cositas más em filmes pornôs. Em compensação, é sempre que Angela Bismarchi retoca aqui, puxa dali, e não sai do lugar. E em janeiro começa com mais um BBB, ou seja, vai dar pano pra manga, posts e comentários xiitas.

Os ex-BBBs são capítulo a parte na trajetória desse blog. Comecei de leve, falando dos que usam a expressão “ex-BBB” como profissão. Coisa que, aliás, corre sérios riscos de perder espaço para ex-da Ivete Sangalo. Isso gerou uma chuva de ácida de comentarios imbecis e, quando não me irrita, a imbecilidade me inspira. Impossível não dar prosseguimento a assunto. Impossível não falar de Siri, a mais patética delas, capaz de carregar um séquito de seguidores tão patéticos quanto. Nada mais óbvio. Cara de um… 2009 começa sem a esperada estréia da loura no cinema. Coisa que ela andou fazendo sair em notinhas por aí e que eu fiz questão de aprofundar. O filme ainda não estreou, mas ela já foi detonada do cast. Os ex-BBBs ainda ganharam espaço a partir de uma palestra que a tal de Cida lançou. Vamos aguardar a primeira festa de formatura, a acontecer (espero) ano que vem. Pode render um bom post. Algumas ex-BBBs não inovaram e saíram na Playboy, uma delas gerando uma discussão divertida aqui neste espaço sobre depilação e os pentelhos ao vento. E olha que ainda lutei para não cair em tentação!

Em 2008 perdi definitivamente o interesse pela Caras. Ela pode olhar para mim com a maior cara de pidona na sala-de-espera do dentista que eu não tô nem aí. O mundo das celebridades anda muito assim-assim. Eu até tentei dar uma esquentada mostrando como teria sido a cobertura do Descobrimento do Brasil ou mesmo um popular churrasco na laje. Mas eles não me deram ouvidos. Preferiram continuar com a mesma lenga-lenga...

No meio das celebridades do estrangeito, o buraco é mais embaixo. Amy Winehouse deu um tempo nas páginas policiais e faço votos de que volte a figurar nos Segundos Cadernos com trabalho novo para o deleite dos nossos ouvidos. Pelo menos sobreviveu e, caso não tenha nenhuma recaída, emplaca 2009, coisa que eu temi quando ela andou cheirando o pó que o diabo amassou.

2008 foi ano de Olimpíadas, ano em que Dercy Gonçalves bateu as botas, ano em que finalmente alguém teve a “ousadia” de dizer que achava Glauber Rocha uma merda, ano em que Carol Castro se mostrou na Playboy e teve gente perdendo tempo reparando num mero crucifixo, ano em que o CQC e Marcelo Adnet se transformaram nas grandes novidades da nossa TV. Mais novidade que eles só a revelação de que Beckham tem bafo. E as revelações de cada um dos leitores no texto sobre peido.

Claro que muita coisa vai continuar igual em 2009. Sei que vou continuar aturando os PMs e suas blitz (um saco esse plural), me relacionando com flanelinhas, porteiros, levando topadas... a maior delas ainda está por vir! Ciladas do dia-a-dia, minha principal fonte de inspiração.

Cá entre nós, alguém acha que vão deixar os óculos do Drummond em paz?

Terminei o ano revendo Madonna. E pretendo começar vendo Radiohead.

Ano que vem quero ser feliz e isso me basta. Quem sabe não vou conseguir frequentar algum dos Fashion Weeks. Continuar (ou ficar mais) presente na vida dos meus amigos tão queridos, que acabaram de me dar a maior demonstração de amizade, coisa fundamental de acontecer quando a vida prepara umas surpresas. Gente fina, elegante e sincera. Quero pular carnaval. Ouvir meu discos. Sobreviver a Era Dunga, a era da mediocridade. Mesmo que encontre uma ou outra síndrome da página em branco pela frente. Minha relação com este espaço continua, com altos e baixos, seja com visitas de médico, seja com textos mais elaborados e metidos a engraçadinhos. Esse contato com quem me lê. Mesmo quando alguns pentelhos resolvem meter o bedelho. Inclusão digital tem disso.

E tentar fazer João, o maior presente que a vida já me deu, entender que a vida é doce mas não é mole. Mas que quem é do bem sempre ganha no final.

Fiquem bem.

Parcialmente usurpado extraído do Blog do Bruno Mazzeo


1 Digite aqui sua babaquice pessoal!:

Anônimo disse...

Olá Jhonatas! Obrigada pela visita e comentário! Que bom que gostou do texto. Pode publicá-lo sem problemas, com os devidos créditos. Depois volto pra te ler com mais calma.

Abraços,

Ana Paula Sampaio/De Onde Vem a Calma